quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Buon Natale




Que todos os seus sonhos de Natal se tornem realidade.
Este é o nosso desejo a todos que acompanham este blog feito para quem ama o Bixiga!


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Um é cinco e três é doze!



Uma coisa que meu pai sempre gostou de fazer é dar presentes para a criançada. Mas não é simplesmente dar um presente e sim fazer um sonho se realizar. Foi assim que o Valderilho, mais conhecido como Pelezinho, ganhou sua bicicleta de natal; naquele ano ele também pode sorrir e brincar com a turma toda de "bike" pelas ruas do Paraíso e Ibirapuera.

Este ano os escolhidos foram cinco crianças que costumam brincar na porta da Cantina Roperto aos domingos. Eles mereceram. São educados e cativam todos com quem conversam. Os pedidos foram: um violão, um carro de controle remoto, um bicho de pelúcia, um kit da Barbie e uma fantasia do Michael Jackson. Tivemos que recorrer ao José Luis para conseguir um violão e a tal da fantasia e, no domingo dia 20 de dezembro, meu pai fez a entrega com direito a canções em sua homenagem, rimas e acompanhamento sonoro com seu violão recém chegado!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma foto perdida no HD




Fazendo uma limpesa no disco rígido de meu computador, achei esta foto tirada no dia do aniversário de meu pai, Afonso Roperto, em maio de 2009. Levamos os funcionários da Cantina Roperto para comer uma bisteca no sujinho depois de fechada a casa. Lá encontramos o divertidíssimo Sr. Roberto Stippe da Cantina C que sabe... Sr. Roberto Stippe faleceu meses depois e deixou saudades.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Vereador Floriano Pesaro



Foi com muito prazer que recebi o vereador Floriano para uma confraternização na Cantina Roperto. Floriano Pesaro, que é bastante conhecido por sua constante atuação no nosso bairro,  foi quem nos recebeu na Câmara Municipal de São Paulo, na ocasião da entrega do abaixo assinado solicitando um planejamento e cuidado constante com a limpesa e calçadas da Rua Treze de Maio, dado o grande número de turistas que freqüentam esta rua em função dos teatros, restaurantes, cantinas e casas de shows. Sua assessora Marina Bragante comunicou que nossos documentos já estão nas mãos do novo Subprefeito da Sé, coronel Nevoral Bucheroni. Agora é só aguardar!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

100 anos do Futurismo




Os cem anos de Futurismo, movimento desencadeado pelo poeta italiano Marinetti, será comemorado na Casa das Rosas. Iniciado a partir de manifesto lançado pelo poeta italiano Filippo Marinetti, o movimento Futurista influenciou as artes no Brasil. Saiba mais no site do Oriundi clicando aqui.

Programação:
Data: quinta-feira, 10
18h30 - palestra: O futurismo e as novas vanguardas
20 horas - apresentação temática: O movimento futurista na literatura e na música brasileiras

Data: sexta-feira, 11
17 horas - palestra: Brás, Bexiga e Barra Funda, de Antônio Alcântara Machado
20 horas: evento literário-musical: Ressonância da cultura italiana na cultura brasileira

Data: sábado, 12
16h30 - palestra: O código de Perelá (romance futurista do autor italiano Aldo Palazzeschi)
18 horas - sarau literário-musical: As fronteiras entre o futurismo e o modernismo

Data: domingo, 13
17 horas - palestra: O futurismo e as artes plásticas
18h30 - espetáculo artístico: Os Andrades - A Semana de Arte Moderna de 22

Serviço:
Local: Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37 - São Paulo
Entrada franca
Mais informações: (11) 3285-6986
www.casadasrosas-sp.org.br
www.poiesis.org.br

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Cursos no SENAC




Vamos lembrar que hoje em dia, devido o custo do transporte, as empresas preferem empregar moradores do próprio bairro. Mas nem sempre é encontrada mão de obra apta às funções. Nosso bairro possui inúmeros restaurantes e hotéis, então fica a dica destes cursos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ângelo Luisi

Este blog já teve oportunidade de apresentar uma foto de Ângelo Luisi, atual dono da Cantina Capuano, com Afonso Roperto Neto, da Cantina Roperto. Vamos a seguir contar um pouco da memória oral de Ângelo, colhida há alguns anos.
Angelo Luisi, nascido em 29/02/1920, em Casalbuono, Salerno (mais ou menos 400 kms de Roma). Pais Antonio Giulio Mariano e Tereza. Esposa Angela D’Lia. De família de músicos e artistas. O pai dirigia operetas e era organista. O nonno Giovanni tocava violino. Angelo toca bandolim e clarinete.
O pai era de mil artes, teve inclusive um cinema popular no automóvel em 1914/15 na Itália .Carregava no automóvel um projetor, que punha para fora e projetava os filmes mudos na rua mesmo (Angelo tinha uns 15, 16 anos e ajudava o pai girando a manivela.). Em 1930 o pai teve uma espécie de auto-escola, ensinava as pessoas a dirigirem.
Angelo foi para a guerra, em 1940, na comuna que morava na Itália todo mundo era fascista, camisa preta. Desde 1936 Angelo já fizera o curso de preparação para guerra, que era muito disputado, pois todo mundo queria participar. Angelo fez a guerra toda na África, lutando contra britânicos e americanos.
Foi feito prisioneiro de guerra , em 13 de maio de 1943 (mostra uma foto em 1944 com a orquestra de presos). Quando chegava um novo preso, ia sendo separado por profissão, se era pedreiro ia pra um lado, etc. No caso dos músicos, eles animavam as refeições dos majores, ficou num campo de concentração de prisioneiros dos britânicos em Túnis. Carregava seu clarinete, desmontado em 5 peças, costurado na parte interna de seu jaquetão militar. Quase se casou quando era prisioneiro com uma moça chamada Ignez. Finda a Grande Guerra, voltou para sua cidade e conheceu Angela.
A família de Angela não queria que eles se casassem, pois ele era boêmio. Mas eles se gostavam, e se casaram em 07 de fevereiro de 1949. O pai dela ia buscá-los na Itália para virem ao Brasil, mas sofria do coração e não deixou ninguém na Itália saber, e quando viajava de navio para ir para lá, teve um enfarte e faleceu. Foi jogado no mar, fato que doeu muito à sua filha Angela, e que foi reproduzido por Benedito Ruy Barbosa em sua novela Terra Nostra, que teve muitos fatos inspirados na vida de Angelo Luisi. A família da esposa já tinha imigrantes pela América do Sul e do Norte, como Venezuela, onde mantinham uma joalheria na av Simon Bolívar.
Veio para o Brasil em 23 de novembro de 1949, com a esposa grávida, no navio Conte Biancamano. Um tio de Angela, Vicente Marmo, tinha no Brasil uma fábrica de inseticidas e pagou o bilhete deles de ida e volta ( porque na época para vir tinha que ter o de volta para o caso de não dar certo aqui), para que ele viesse trabalhar com a família. A viagem durou 13 dias. Acabou desistindo de trabalhar com os parentes “Não trabalhe com os parentes, que os parentes são os dentes”. Chegou a organizar com o tio João Stemachi alguns jantares na zona norte, que eram bastante concorridos, pois assim que chegou ao Brasil foi morar com Angela em Santana.
Acabou indo trabalhar como representante de uma firma que comercializava artigos de papelaria (por dez anos), e foi morar no Tucuruvi. Achava uns chatos pelo caminho, como um português que comprou fitilho dele em rolo de 100 metros e queria conferir se tinha mesmo.
Foi um dos fundadores da Sociedade Amigos de Casalbuono. Esportista, jogava principalmente futebol, como a maioria à época. Músico como seus antepassados, gosta de tocar no banheiro, pois considera a acústica boa. Devoto de Santo Antero e Madona da Consolação. Fala em tom carinhoso e ainda apaixonado pela companheira Angela.
A Cantina Capuano era na Rua Major Diogo 263, o Francisco Capuano punha uma sardela de graça pro pessoal beliscar, como era bem apimentada dava sede e ele vendia bastante vinho. Foi uma das primeiras cantinas a servir refeição, mas do jeito que o dono queria, ficou folclórico seu encerramento de expediente às 10 da noite, quando tocava o sino da casa, e não atendia mais ninguém que quisesse entrar, avisava aos que estavam presentes que era hora de ir embora, pois ele acordava muito cedo para fazer compras no mercado.
Angelo Luisi comprou a Capuano em 1962 na Major Diogo e ali trabalhou até 1968, quando mudou então para a Conselheiro Carrão. Nessa época, próximo ao TBC, o restaurante era frequentado por muitos artistas, como Procópio Ferreira. Considerava a língua uma barreira complicada, mas com o jeitinho italiano foi superando ( os próprios clientes anotavam o pedido para ele).
Hoje as filhas e o genro tocam a Capuano (Elisabeta a mais velha é a chef; ela nasceu no dia em que ele chegou ao Brasil).
Vinho, amor e dinheiro, quanto mais melhor (azulejo na parede da Capuano).
Guarda até hoje instrumentos, documentos, revistas, fotos e lembranças no baú que trouxe quando veio da Itália, inclusive um bandolim que tem quase 100 anos.
Volta sempre para Casalbuono, onde é recebido com as honras de um lugarejo pequeno que prestigia seus filhos diletos. Já esteve 13 vezes na Itália, desde sua partida para "fazer" o Brasil. A casa onde passou sua infância não existe mais, foi destruída por um terremoto, mas os parentes sempre o acolhem com alegria. Apesar de pequena (aproximadamente 1000 habitantes), Casalbuono mandou ao Brasil na época da imigração outros filhos, como o Falci (da fábrica de chocolates). Tanto que hoje a comuna tem até uma rua com o nome de Av. Brasil.
Angelo com o Bassi, o primo dele e mais alguns formaram o Clube dos Vagabundos, que nas horas vagas se encontravam para comer e jogar futebol.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Madonna mia, che guàio!



O Ciollinha acaba de distribuir a edição de novembro do seu Gazzetta d'Italia. O que eu fico impressionado é que todos que pegam o jornal vão direto para a coluna Giuseppe Strafottente! Penso que não é tanto pelo humor cáustico e irreverente do autor mas pelas expressões em italiano que trazem tanta saudades do Bixiga de ontem... Se você não pegou esta edição, entre em contato pelo telefone (11) 3258 7621

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Abaixo assinado para melhoria do bairro


René Helene (Restaurante Mexilão),  Angelo Agazio Lorenti (Padaria Basilicata), Vereador Floriano Pesaro, Afonso Roperto (Cantina Roperto) e Marcos Paulino.

Não é de hoje que os comerciantes da Rua Treze de Maio tentam chamar a atenção da Administração Pública para a importância de receber bem o turista que visita o bairro do Bixiga. Várias frentes foram abertas para que fosse viabilizada parcerias com a meta de melhorar as calçadas, acesso de deficientes, embarque e desembarque de veículos, limpesa, decoração, etc. Mas ainda muito pouco foi concretizado.
Desta vez fomos recebidos na Câmara Municipal de São Paulo pelo vereador Floriano Pesaro para que nos auxilie na empreitada de melhorar as calçadas e acessos para deficientes na Rua Treze de Maio. O vereador recebeu das mãos do René Helene o abaixo assinado e prometeu entregar uma cópia para o novo Subprefeito da Sé, o coronel Nevoral Bucheroni, já que nosso interlocutor anterior, Amauri Pastorello, deixou o cargo.
Vamos aguardar e acompanhar esta nova tentativa.